PADRES
Padre Francisco Filippo - 1904 a 1909
Padre Carmelo D Ângela - 1909 a 1916
Padre Aves Cantella - 1916 a 1922
Padre Vítor Pavala - 1922 a 1930
Padre Benedito Gomes - 1930 a 1932
Lagoinha, como tantas cidades do interior paulista, nasceu em virtude do tropeirismo. Era uma prática lógica que todo “pouso” se localizasse às margens de um rio ou córrego. Assim, Lagoinha não fugiu à regra e nasceu ao redor de um “pouso de tropa” localizado à margem de uma pequena lagoa – daí o seu nome. Aos 20 de Julho de 1863, Joaquim Antônio Ribeiro e sua esposa Justina Maria da Conceição, Antônio Alves da Silva e sua esposa Ana Clara de Jesus, Francisco Antônio Ribeiro, Delfina Isabel de Oliveira e Balbina Maria da Conceição, descendentes de espanhóis e indígenas, vindos de Ubatuba e apelidados de “Antocas”, doaram um pequeno pedaço de terra próximo ao “pouso de tropa” para a construção de uma capela. Ao redor dessa Capela, como era natural, com o decorrer do tempo, foram surgindo algumas casas. Para que a Capela fosse oficializada e visitada periodicamente por padres e missionários, conforme exigia o Direito Canônico, os Antocas doaram à Cúria Diocesana quase todas as terras que se achavam ao seu redor, excluindo alguns lotes que preservavam para si e para seus compadres.
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Aos 26 de Março de 1866, através da lei Número 22, foi criada a paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Lagoinha, integrando o Município de São Luiz do Paraitinga, Comarca de Paraibuna. Aos 25 de Janeiro de 1880, através da Lei Número 128, foi elevada à condição de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Lagoinha, ainda fazendo parte do Município e Comarca de São Luiz do Paraitinga. Aos 19 de Fevereiro de 1900, através da Lei Número 38, a Vila de Lagoinha foi elevada à condição de Município, Comarca de São Luiz do Paraitinga. Foi sua primeira emancipação política, que durou apenas trinta e quatro anos. Aos 21 de Maio de 1934, através do Decreto-Lei Número 6448, Lagoinha voltou à condição de Distrito e passou a integrar o Município e Comarca de Cunha. Aos 30 de Novembro de 1944, através do Decreto-Lei Número 14334, ainda sob a condição de Distrito, Lagoinha voltou a pertencer ao Município e Comarca de São Luiz do Paraitinga.Finalmente, aos 23 de Dezembro de 1953, através do Decreto-Lei Número34334, Lagoinha foi novamente, elevada à condição de Município, readquirindo sua autonomia política, integrando a Comarca de São Luiz do Paraitinga. Em razão dessa nova emancipação política, aos 03 de outubro de 1954 foram realizadas as eleições para os cargos de Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores de Lagoinha, que contava, à época, com 1.094 eleitores legalmente inscritos. No dia das eleições compareceram e votaram apenas 787 eleitores, elegendo: a) Para Prefeito: Pedro Alves Ferreira (PSD); b) Para Vice-prefeito: José Maria Landim (PSD); c) Para Vereadores: José de Oliveira Santos (PSP), Geraldo Pereira Coelho (PSP), Albertino José Ferreira (PSP), Antônio Alves da Rocha (PSP), Bento Januário de Gouveia (PSP), Geraldo Antônio de Souza (PSD) e José Gonzaga de Campos (PSP).
FATOS RELEVANTES
Iluminação Pública
A Iluminação pública, no início deste século, era produzida por querosene ou carbureto, que abasteciam os lampiões que ficavam fixados nas esquinas e casas próximas à Igreja Matriz. Aos 08 de dezembro de 1942, o Padre Chico inaugura a Usina Hidroelétrica instalada no sítio do “João Inácio”, a três quilômetros de Lagoinha. A Energia produzida por essa usina iluminava apenas a Igreja Matriz e imediações. Aos 31 de agosto de 1957, tem início o fornecimento de energia elétrica ao município de Lagoinha, proveniente de uma Usina Termoelétrica, doada pelo governador Jânio da Silva Quadros e instalada na esquina das ruas Padre João Paulo e São Benedito. Aos de 27 de Maio de 1975 a CESP instala o regular fornecimento de energia elétrica, servindo não só a cidade, mas também a inúmeros bairros do novo município.
Ensino e Educação O ensino regular sistematizado em Lagoinha tem seu registro a partir da década de 20 deste século. Existiam sete instituições de ensino:
I. Escola Feminina Urbana, que funcionava na residência da professora Ana Pautila de Abreu, na Praça Matriz , 65.
II. Escola Masculina, que funcionava na residência do professor Silvino a Avenida Major Soares, 85.
III. Posteriormente, também na residência do senhor Armindo Leite, na Praça da Matriz, 29, funcionou outra escola.
IV. Por volta da década de 40, as escolas foram reunidas no prédio onde hoje está instalada a Prefeitura, na Praça da Matriz, 134, com as mulheres estudando na sala à esquerda e os homens na sala à direita.
V. Em 1948 foi criado o Grupo Escolar “Padre Chico” de Lagoinha, funcionando provisoriamente no prédio da Prefeitura Municipal, onde ficou até 01/01/55, quando foi inaugurado o prédio próprio.
VI. Aos 15 de abril de 1968, foi inaugurado o Ginásio Estadual de Lagoinha, que funcionava no mesmo prédio do Grupo Escolar, mas em horário vespertino.
VII. Aos 25 de março de 1973 foi inaugurado o prédio do Colégio Estadual de Lagoinha.
Personalidades
Tiveram papel relevante na história de Lagoinha: Major Soares, Manoel Domingues de Castro, Capitão Veríssimo, Galdino Claro, João Felisbino e outros. Dentre todos, destaca-se a grande figura do Padre Chico. Francisco Elói de Almeida, como era carinhosamente conhecido pelos fiéis, nasceu em Aparecida do Córrego, município de Conceição do Mato Dentro, MG, aos 25 de Janeiro de 1896. Aos 02 de Outubro de 1927 concluiu os estudos em Teologia no seminário diocesano de Taubaté, sendo, na mesma data, ordenado sacerdote por sua Excelência Reverendíssima, Dom João Almeida Ferrão, Bispo de Campanha, em MG. Aos 08 de Dezembro de 1937, o Padre Chico chegou a Lagoinha como Vigário substituto e posteriormente foi elevado à condição se Vigário efetivo. Faleceu, aos 05 de Agosto de 1983, na cidade de São José dos Campos. Seu corpo encontra-se sepultado na Igreja Matriz de Lagoinha.
Colaboração do historiador Altair Viana da Silva.
Coroa Centenária da Padroeira
Coroa Centenária da Padroeira
Obra de Ricardo Gouveia (Dão do Zé Reiné) |