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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Santos

07 de Janeiro - Santo do Dia

Santos Luciano da Antioquia e Luciano da Samósata


Luciano chamado da Antioquia nasceu em 235 e deve seu grande renome ao fato de ter sido o iniciador da doutrina herética conhecida como arianismo, que tão profundamente abalou toda a cristandade dos primeiros séculos. Aliás, diga-se que os arianos se chamaram inicialmente de “lucianistas”. Doutrina a qual Luciano se retratou lavando com o sangue do seu próprio martírio o inicial equívoco, levado às últimas conseqüências pelo herege Ário, que lhe doou o nome definitivo. Assim temos em Santo Luciano um sacerdote sírio que foi martirizado no século IV, mais precisamente no ano 312, na Nicomedia, Turquia.
Luciano era muito apegado aos estudos e tinha grande formação literária ocupando o posto de um dos homens mais versados da Igreja. Ele fundou uma escola de catequese que, na época, só encontrava equivalente na respeitadíssima escola egípcia de Alexandria, que já comemorava meio século de implantação.
Essa escola formou dezenas de personagens famosos na História da Igreja, entre eles vários bispos, teólogos e escritores católicos. Foi nesta época que suas obras teóricas começaram a despertar a ira do bispo Paulo de Samosata, dando início à intensa polêmica que mexeu com a Igreja. O tal bispo ainda sustentava a heresia ariana a qual afirmava ser Cristo "inferior a Deus" e não consubstancial a Ele. Era a doutrina que Luciano iniciara, mas, ao se perceber errado, a combatia com intensidade, veemência e vigor. Conseguiu vencer o bispo Paulo que foi destituído e afastado do Cristianismo, passando-se para o lado do herege Ário.
Luciano continuou cada vez com mais vigor sua obra evangelizadora, tendo também que enfrentar as perseguições impostas contra os cristãos, pelo imperador Maximiano. O tirano decidira liquidar primeiro com Luciano, por entende-lo como uma fonte de liderança poderosa de manutenção da fé cristã, daquela época. Ele acabou preso permanecendo algemado durante sete anos. Mesmo nessa condição, para confortar os companheiros de prisão, celebrava a Santa Missa deitado no chão usando o próprio peito como altar.
Depois, o então imperador, Maximino Daia, percebeu que não conseguiria fazê-lo renegar sua fé, por isso mandou que fosse submetido a uma série de bárbaros suplícios. Chegou a ficar quinze dias sem alimento algum e, mesmo assim, se recusou a ingerir carne de animais imolados em nome dos deuses pagãos. Finalmente, foi executado a fio de espada, tendo sido seu corpo lançado ao mar. A tradição diz que ele foi recuperado graças a um golfinho que o transportou do local do martírio para Helenópolis, na Ásia Menor.
Mas a verdade é que Santa Helena, mãe do rei Constantino era muito devota de Santo Luciano, o qual citava com freqüência ao filho, que ainda não havia se convertido. Constantino que a amava muito, durante o seu reinado, mandou que as relíquias do Santo fossem transladadas para Helenópolis, cidade natal de sua querida mãe. Depois ele mesmo, em 337, escolheu a sepultura do Santo para ser o local do seu batizado, oficializando sua conversão e de todo o seu reino. Esse ato propagou ainda mais o culto de Santo Luciano, tanto no Oriente como no Ocidente.
Santo Luciano entretanto teve um outro precedente importante, conhecido como Luciano de Somosata, que viveu entre 125 e 192, sendo um importante filósofo e jurista grego, também fundador de uma escola, só que em Atenas, falecendo como funcionário no Egito. Por essas semelhanças ele e sua exuberante obra filosófica e literária, notadamente satírica, foram confundidos com a trajetória do Santo oriundo dessa localidade, principalmente nos primeiros séculos. Este é o motivo pelo qual Santo Luciano é chamada da Antioquia.
Este Luciano nascido em Samósata, cidade do norte da Síria que serve de passagem para Jerusalém, de pais cristãos, ficou órfão aos doze anos de idade. Para conservar e reforçar a fé recebida da família na infância se retirou para a cidade de Edessa, também na Síria, aonde vivia em grande austeridade, dedicando-se aos estudos teológicos das Sagradas Escrituras, tendo o famoso mestre Macário como diretor. Uma vez formado, ordenou-se sacerdote exercendo todo o seu apostolado na Antioquia, Turquia.

São Raimundo de Peñafort


Nasceu no castelo de Peñafort, Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos.
Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento.
São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor.
São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

Beata Maria Teresa do Sagrado Coração
(Fundou a congregação Filhas da Santa Cruz de Liegi)

O seu nome era Ioanna, para nós Joana, e foi uma das filhas da numerosa família Haze. Pertenciam à classe média e eram católicos fervorosos. Ela nasceu na cidade de Liegi em 27 de fevereiro de 1777. Desde o berço apresentou uma inteligência precoce, aos quatro anos sabia ler e escrever corretamente.
Neste período a família conviveu com os perigos da Revolução Francesa e por isto teve de fugir para o exterior, em conseqüência do avanço do exército revolucionário que pretendia a independência da Bélgica. Foi nesta circunstância, que em 1795 seu pai veio a falecer. Depois, algumas de suas irmãs se casaram. Joana e a irmã Ferdinanda, ao invés do matrimonio, animavam o desejo de seguirem a vida como religiosas, coisa impossível, por causa das leis anticlericais da época.
Entretanto, permaneceram em casa levando uma vida religiosa missionária, dedicadas ao trabalho e as orações. Alfabetizavam, catequizavam e atendiam os pobres, marginalizados, doentes e cuidavam da mãe, que morreu em 1820.
Quatro anos depois, foi oferecida para elas uma escola paroquial em Liegi, tolerada pelo governo holandês, ao qual estava submetida a população belga. Em 1830, quando a Bélgica adquiriu sua independência, Joana decidiu fundar uma nova congregação religiosa a qual recebeu o nome de “Filhas da Santa Cruz de Liegi”. As atividades iniciaram em agosto de 1832, com a finalidade de organizar as escolas privadas, prestar assistência aos presos, aos hospitais dos carentes e dar atendimento às missões.
Joana tomou o nome de Maria Teresa do Sagrado Coração e administrou a sua Obra até a idade bem avançada e com muita lucidez. Uma de suas motivações espirituais, que a acompanhou por toda vida foi: “O Senhor apresenta a Cruz com uma mão e a consolação com a outra”.
Faleceu em Liegi e foi sepultada no cemitério de Chénée, na Bélgica. A Congregação conta hoje com mais de 103 comunidades espalhadas em quatro continentes. O processo de sua beatificação deu início em 1911, pelos vários milagres atribuídos à sua intercessão. Foi aprovado pela Igreja em janeiro de 1991, sendo beatificada pelo papa João Paulo II em abril de 1991.
Provavelmente Santa Maria Tereza do Sagrado Coração, Ioanna Haze, tenha se tornado a beata mais idosa da história da Igreja Católica de Roma, pois morreu com noventa e nove anos em 7 de janeiro de 1876, em plena atividade. A sua cerimônia litúrgica se comemora neste dia,


Santa Veronica de Milão

Também conhecida como Verônica de Binasco

Nasceu em Binasco (uma pequena vila perto de Milão), Itália em 1445.
De uma família de camponeses em uma pequena vila fazia suas tarefas normais no campo. Não teve educação formal e tentou sem sucesso se educar lendo a noite. Ela começou tendo êxtases religiosos e visões da vida de Cristo e a Virgem Maria a ensinou o catecismo. Nossa Senhora explicou na forma de três cartas místicas o significado da pureza de intenções, na segunda o aborrecimento e a reclamação, na terceira a meditação do dia da Paixão .
Tornou-se uma agostiniana no Convento de Santa Matha em Milão aos 22 anos e foi instruída por três anos antes de entrar para o convento. Foi indicada para conseguir ajuda e esmolas para ajudar o Convento.
Ela era notável pregadora e conseguia almas para Jesus.
Ela sofria intensas dores por êxtases durantes anos. Ela teve um visão de Cristo em 1494 quando recebeu uma mensagem para o Papa Alexandre VI. Ela fez a viagem para Roma para entregar a mensagem que o papa recebeu com admiração pela sua notável exatidão e coerência, vindo de uma irmã sem profundos conhecimentos dos Evangelhos.
Seguida de um doença de 6 meses ela veio a falecer no dia que ela previu em uma de suas visões.
Faleceu em 13 de janeiro de 1497 em Milão de causas naturais.
Beatificada pelo Papa Leão X em 1517(culto confirmado) e em 1672 o Papa Clemente X estendeu sua devoção a toda a Ordem Agostiniana.

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